Maior planície alagável do planeta, o Pantanal compreende 11 regiões com características próprias dentro da confluência do cerrado, do chaco paraguaio e da região amazônica nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nas fronteiras com Paraguai e Bolívia. Somente a parte brasileira do Pantanal abrange uma área de cerca de 140 mil km2.
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| Tuiuiú ou Jaburu |
Fazer safáris fotográficos para observação de animais selvagens, cavalgar por lindas planícies, passear de canoa, caminhar em florestas ou observar um maravilhoso pôr do sol, não são opções disoníveis apenas na África. Temos tudo isso disponível no Pantanal.
A principal porta de acesso ao Pantanal Sul, onde encontramos a maior parte dos serviços de hospedagem e infra-estrutura para turistas, é o Aeroporto de Campo Grande. (o Trem do Pantanal também é uma opção interessante, mas dela falaremos em outro post).
As chuvas ditam as regras da vida pantaneira e, apesar de ser uma região sempre exuberante, é importante saber as características de cada estação e entender se atende aos nossos anseios, para termos uma viagem perfeita.
A Estação das Cheias vai de dezembro a março e é marcada pelas chuvas intensas, que alagam parte do Pantanal. É a época de vermos o mais lindo pôr do sol. A fauna e a flora se revigoram e podemos observar as aves aquáticas, como o tuiuiú, os cabeças-secas, o carão, patos e garças. Os mamíferos vão pra as partes mais altas, mas podemos encontrar a capivara e os veados.
Já entre julho e setembro, a Estação da Seca transforma a região em uma área de pastagens imensas. É o melhor período para a observação da vida selvagem. Os campos começam a secar, oferecendo vastas áreas para pastagem, onde os mamíferos buscam alimento e matam a sede. A partir de agosto ocorre a floração das piúvas e paratudos (os nossos ipês roxos e amarelos). As aves começam o seu período reprodutivo, com lindas plumagens e cantos abundantes. Também é a melhor época para observar os tamanduás, quatis e mãos-peladas.
O período intermediário é a Vazante, de abril a junho, é marcado pela formação de lagoas e poças de água que represam algumas das 260 espécies de peixes (dourados, pintados, pacus, piranhas, traíras), proporcionando o aparecimento de seus predadores, como aves aquáticas e jacarés. As noites são mais estreladas. Os mamíferos começam a retornar e podemos observar os queixadas e catetos, o cervo-do-pantanal, e os bugios e macacos prego.
E não podemos esquecer da onça pintada, um ser solitário e o maior felino do continente americano. Se tivermos sorte podemos avistá-la bebendo água na beira dos rios. Os guias farão de tudo para nos mostrar uma, mesmo que por rápidos 30 segundos. A onça é um dos animais que formam o Big 5 Pantaneiro. São eles: onça, anta, tamanduá bandeira, sucuri e a ariranha.
Em Bonito temos que ver a Gruta do Lago Azul, considerada o cartão postal da cidade. Passeios de canoa, flutuação, onde parecemos estar dentro de um aquário tanto são os peixes, observação de araras e papagaios enquanto caminhamos por trilhas maravilhosas e os banhos de cachoeira são apenas algumas das atividades oferecidas em Bonito. É bom se planejar.
Enfim, o Patanal é um ótimo destino para quem gosta de aventura, fotografia da natureza, passeios ecológicos, lagos, passeios de canoa, cavalgada, ...
São muitas as opções de passeios, mas a dica é tentar partir já com tudo reservado e agendado, uma vez que muitos deles têm ocupação limitada ou poucas opções de horário.
Vamos em busca do Big 5 Pantaneiro?
Alguém (na verdade, um trabalho conjunto do SEBRAE e Ministério do Turismo) teve uma idéia maravilhosa: pegar dois destinos tradicionais, como Lençóis Maranhenses (MA) e Jericoacoara (CE), e traçar uma linha ligando um ao outro, aproveitando para mostrar outros destinos não tão conhecidos no caminho.
